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VISTAS ORTOGRÁFICASObjetivo:Autor:Revisor:Última revisão:Referências: www.ufrgs.br/destecUFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS1/11

SUMÁRIO1 VISTAS ORTOGRÁFICAS .41.1 Vistas comuns.41.1.1 Sistema europeu e americano.51.1.2 Tipos de vistas comuns .71.1.3 Escolha das vistas.7A melhor posição do objeto .8Vistas necessárias e suficientes.91.2 Vistas Secionais.101.3 Vistas Auxiliares.10UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS2/11

ÍNDICE DE FIGURASFigura 1 – Projeções em planos ortogonais . 4Figura 2– Objeto e suas projeções em vistas ortográficas . 5Figura 3 – Vistas ortográficas planificadas . 5Figura 4 – Diferença na posição do plano de projeção no sistema europeu e americano . 6Figura 5 – Desdobramento das vistas segundo sistema europeu e americano . 6Figura 6 – Vistas ortográficas segundo sistema europeu e americano . 7UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS3/11

1 VISTAS ORTOGRÁFICASDefine a Norma Técnica Brasileira (NBR 10647) que: Vistas Ortográficas são as "figurasresultantes da projeção cilíndrica ortogonal do objeto sobre planos convenientementeescolhidos, de modo a representar, com exatidão a forma do mesmo com seus detalhes".Quais sejam: vistas comuns, vistas secionais e vistas auxiliares.1.1 Vistas comunsAs vistas comuns são aquelas obtidas a partir da projeção de um objeto sobre planos deprojeção, ortogonais entre si, que circunscrevem o mesmo. O espaço tridimensionalpermite posicionar três planos ortogonais entre si (x,y ou x,z ou y,z).Figura 1 – Projeções em planos ortogonaisA circunscrição do objeto por estes tipos de planos permite obter seis vistas comuns deuma peça. Um par para cada dimensão acumulada. Uma principal e outra oposta. Se paracada vista comum temos um plano de projeção, então é possível considerar umparalelepípedo formado pelos seis planos de projeção, conforme representado na Figura2.UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS4/11

Figura 2– Objeto e suas projeções em vistas ortográficasAgora vamos imaginar que este paralelepípedo se abra até que todos os planos deprojeção estejam sobre uma mesma superfície (coplanares), conforme Figura 3.Figura 3 – Vistas ortográficas planificadasAs vistas Ortográficas devem ser representadas obedecendo ao alinhamento (referente àdistribuição de vistas), caso contrário devemos identificá-las claramente com o nome davista.1.1.1 Sistema europeu e americanoExistem dois sistemas de projeção. O sistema europeu (método de projeção ortográficano primeiro diedro), adotado pelo Brasil e utilizado neste estudo e o sistema americano(método de projeção ortográfica no terceiro diedro).UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS5/11

A diferença entre os dois sistemas está apenas na posição do plano de projeção emrelação à peça e ao observador, Figura 4.Figura 4 – Diferença na posição do plano de projeção no sistema europeu e americanoO desdobramento dos planos de projeção, em cada um dos sistemas, gera vistasortográficas posicionadas de forma diferenciada, conforme pode ser observado na Figura5 e na Figura 6,Figura 5 – Desdobramento das vistas segundo sistema europeu e americanoImportante:A única diferença entre os dois sistemas é a posição entre os pares de VistasOrtográficas. As vistas são EXATAMENTE iguais. NÃO há inversão ou troca devisibilidade.UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS6/11

Figura 6 – Vistas ortográficas segundo sistema europeu e americanoOs desenhos técnicos executados no Brasil devem ser no sistema europeu, casocontrário, o mesmo deverá, necessariamente, ser acompanhado do símbolo deidentificação do sistema americano.A vista posterior usualmente é posicionada próxima à vista lateral esquerda, mas poderáficar ao lado da vista lateral direita se for conveniente.1.1.2 Tipos de vistas comunsAs vistas comuns possíveis são seis: VA: vista frontal anterior (representada sempre ao centro); VP: vista frontal posterior; VS: vista superior; VI: vista inferior; VLE: vista lateral esquerda e; VLD: vista lateral direita.A maioria dos desenhos técnicos é representada com o conjunto de três vistas. Em casosde objetos mais simples, duas vistas são suficientes.1.1.3 Escolha das vistasA solução do problema da escolha das vistas consiste em determinar: A melhor posição do objeto em relação aos planos de projeção (determinação davista anterior); Quais das 6 vistas ortográficas são necessárias e suficientes para representá-lo demodo inequívoco.UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS7/11

A melhor posição do objeto Vistashorizontais(VSeVI):Asfaceshorizontais do objeto, definidas pela sua posiçãode trabalho devem ser colocadas paralelamenteaos planos horizontais do paralelepípedo dereferência. Ficam assim determinadas a vistasuperior (VS) e a vista inferior (VI). Fig.1 Vistas frontais e laterais: Será escolhido comopar de vistas frontais (VF), aquele que possuir amaior dimensão horizontal, com o objetivo deobter-se um melhor aproveitamento da folha.Conseqüentemente,ooutropardevistasrestante será o de vistas laterais (VL). Fig. 2Nota: Para os objetos que possuam as duasdimensões horizontais aproximadamente iguaisserá escolhido como par de vistas frontais o maiscaracterístico, isto é, aquele que corresponder aum número de possibilidades representativas.Melhores vistas: A melhor de cada par de vistasopostas será aquela que apresentar:Maior familiaridade: fator que ocorre em certosobjetos, quando o aspecto de uma das duasfaces opostas é mais habitual que o da outraou: em caso de igual familiaridade, a melhorserá a que tiver:Maior número de detalhes visíveis voltados parao observador (menor número de linhasinvisíveis). Fig.3 Vista anterior: Será escolhido como vistaanterior (VFA) a melhor das vistas frontais. Emcaso de idêntica familiaridade e mesmo númerode detalhes visíveis voltados para o observador,escolhe-se como vista anterior, aquela, das vistasverticais, a qual corresponder uma melhor vistalateral esquerda. Uma vez definida a vistaanterior, ficam automaticamente determinadas asvistas laterais esquerda e direita (VLE e VLD),bem como a vista posterior (VFP). Fig.4UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS8/11

Vistas necessárias e suficientes Aplicando-se os critérios estabelecidos nesteroteiro, fica facilmente determinada a vistaanterior do sólido da Fig. 5 e portanto, oposicionamento do mesmo em relação aoparalelepípedo de referência. Podem, então,ser representadas as seis vistas ortográficasdo sólido em questão. Fig.6 Examinam-se as vistas opostas para tação do objeto; caso contrário, seráeliminada a pior. Quando duas vistas opostasforemigualmenterepresentativas,normalmente é mantida a habitual. Desseexamepoderáresultarqualquercomposição de 3,4,5 ou 6 vistas, desde queinclua, obviamente, a vista anterior. Nasfiguras 5 e 6, aparecem sublinhadas asmelhores vistas (VFA, VLE e VS), indicandoque as demais vistas poderiam ser eliminadascomo desnecessárias, reduzindo-se, portanto,a representação do sólido ao conjunto das trêsvistas da Fig. 7. No conjunto de três vistas de certos sólidoscomo o cilindro, o cone, etc., constata-se queduas vistas são iguais, evidenciando-se aPossibilidade de eliminar uma delas, comoredundante. Nestes casos, a vista �ão obrigatória entre as duas de talmodo que, qualquer operação realizada nosólido, que modifique o contorno de uma dasvistas,manifesta-se,obrigatoriamente,naoutra e vice-versa. Por isso, e sem alterar aunivocidadedarepresentação,podesereliminada qualquer uma das vistas iguais,desde que não desempenhe o papel de vistaanterior. Fig.8.UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS9/11

1.2 Vistas tadoporplanosecanteconvenientemente escolhido e removida a parte anteposta entre o plano secante e oobservador.1.3 Vistas AuxiliaresSão vistas obtidas sobre planos auxiliares, inclinados em relação a planos principais deprojeção. Empregam-se para representar, com exatidão, detalhes do objeto, inclinadosem relação às faces principais do mesmo.As vistas auxiliares são projeções parciais, pois representam apenas o detalhe que amotivou, o restante da peça deve ser omitido a partir do traçado de uma linha de ruptura.Observar que caso a vista auxiliar seja completa (sem interrupção da vista) então estapassará a levar a denominação de perspectiva.UFRGS-FA-DEG-NDPVISTAS ORTOGRÁFICAS10/11

A circunscrição do objeto por estes tipos de planos permite obter seis vistas comuns de uma peça. Um par para cada dimensão acumulada. Uma principal e outra oposta. Se para cada vista comum temos um plano de projeção, então é possível considerar um paralelepípedo formado pelos seis planos de projeção, conforme representado na .