Parasitologia - BMP 0215

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Parasitologia - BMP 0215Ciências BiomédicasResponsáveis:Profa. Dra. Beatriz StolfProfa. Dra. Silvia BoscardinApoio /bmp0215-2014.blogspot.com.br

ESTRUTURA DO CURSOAulas TeóricasSeminários (3)Grupos de Discussão (4)- peso 2Aulas Práticas (3)- peso 1Gincanas (2)Estudos Dirigidos (3)- peso 1Provas (3)- pesos 1, 2, 3

Dia24/02Horário14:00-18:00SalaAulaSP ou 123T(Seg)25/02AssuntoEstrutura do Curso e Introdução àProfessorBeatrizParasitologia14:00-18:00SP ou 123TCestoidesBeatriz14:00-18:00SP ou 123TNematoidesBeatriz14:00-18:00SP ou 123TSeminário 1: StrongyloidesMarcelo14:00-18:00SP ou 123TTrematoidesBeatriz14:00-18:00SP ou 123TEstudo Dirigido 1: Taenia/StrongyloidesBeatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TFiláriasBeatriz14:00-18:00Lab. CPGincana 1Beatriz/Silvia14:00-18:00Pudles/DeaneTGrupo de Discussão 1: Kasinathan et 1114:00-18:00SP ou 123TSeminário 2: SchistoLeonardo14:00-18:00Anf. 1TProva 1Beatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TCavitáriosSilvia14:00-18:00SP ou 123TEstudo Dirigido )28/04Giardia/Trichomonas/Schistosoma14:00-18:00SP ou 123TToxoplasma e Protozoários OportunistasSilvia14:00-18:00SP ou 123TArtrópodesAndrea(Seg)29/04(Ter)

05/0514:00-18:00SP ou 123TPlasmodium sp.Silvia14:00-18:00Sala 103PPrática 1: diagnóstico de upo de Discussão 2: Sturm et al., 2006Beatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TEstudo Dirigido 3: Toxoplasma/PlasmodiumBeatriz/Silvia14:00-18:00Anf. 1TProva 2Beatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TFilogenia de TripanossomatídeosMarta14:00-18:00SP ou 123TTrypanosoma cruziSilvia14:00-18:00Lab. C(micro pelamanhã)PPrática 2: Curva IC50 TripanosomatídeosBeatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TLeishmania sp.Beatriz14:00-18:00Lab. CPPrática 3: Contagem de amastigotas )03/06(Ter)09/06macrófagos infectados14:00-18:00SP ou 123TSeminário 3: LeishmaniaJuliana14:00-18:00Pudles/DeaneTGrupo de Discussão 3: T. cruziBeatriz/Silvia14:00-18:00Lab. CPGincana 2Beatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TVacinasSilvia14:00-18:00Pudles/DeaneTGrupo de Discussão 4: vacinaBeatriz/Silvia14:00-18:00SP ou 123TRevisão Geral e Plantão de DúvidasBeatriz/Silvia14:00-18:00Anf. 1TProva 23/06(Seg)24/06(Ter)30/06(Seg)

A matéria é cumulativaNão serão realizadas provas substitutivasGDs: avaliação da participação na discussãodos artigos (individual)Aulas práticas e estudos dirigidos: avaliaçãodo grupo

LIVROS TEXTO:-Fundamentos Biológicos da Parasitologia Humana Marcelo U. FERREIRA, Annete S. FORONDA, TeresinhaT. S. SCHUMAKER - Editora Manole - 1ª Edição- Parasitologia - Parasitos e Doenças Parasitarias doHomem nos Trópicos Ocidentais -Luís REY – EditoraGuanabara Koogan - 4ª EdiçãoReferências dadas em aula (artigos, sites, etc)Artigos usados nos GDs

Introdução àParasitologia

“It was once thought that once a parasitehad been identified as a cause of diseaseand its life cycle elucidated, its controland erradication would follow.Those who thought this seriouslyunderestimated the complete hold aparasite has on its host and the intimacyof the relationship between them”.Cox, 1994

3.5 bilhões de pessoas com doenças parasitárias,450 milhões doentes (crianças)(população mundial 7 bilhões)Knox D.P., 2010

MEDIDA DE IMPACTO DE UMA DOENÇA: DALYDaly um ano de vida potencial perdida

O parasita é aquele que tem comoprofissão viver às custas de seu vizinho, ecujo trabalho consiste em explorá-lo comeconomia, sem colocar a sua vida em risco.É um pobre que tem necessidade desocorro para não morrer na rua, mas quetem como política não matar a galinha paraconseguir os ovos. . O carnívoro mata asua presa para se alimentar; o parasita nãoa mata, ele se aproveita de todas asvantagens que o hospedeiro lhe oferece.

Parasitismo Relação ecológica entre indivíduos de espéciesdiferentesParasita x hospedeiro Contato íntimo e duradouro Dependência metabólica

Dependência metabólica: perda de função gênica ou degenes (conjuntos ou vias inteiras)Trypanosoma cruzi usa heme como fator de crescimento, mas não sintetizaUsa precursores (porfirinas) do hospedeiro

Tipos de ParasitasEstenoxenos: parasitam apenas uma ou des)Eurixenos: parasitam uma ampla variedade dehospedeiros (Ex.: Toxoplasma gondii)

Em relação aos ciclos biológicos:MonoxenosHeteroxenos

Ciclos BiológicosMonoxenos: necessitam de apenas um hospedeiro paracompletar seu ciclo de vida (Ex.: Ascaris, Enterobius,Strongyloides)

Ciclos BiológicosHeteroxenos: necessitam de dois ou mais hospedeirospara completar seu ciclo de vida (Ex.: Taenia, Plasmodium,Trypanosoma, Leishmania)Hospedeiro(s) intermediário(s): fase larval do vermeHospedeiro definitivo: fase sexuada- fase adulta (vermes)- fusão dos gametas (protozoários)Vetor?

cisticercos nosmúsculosHumanos infectados pelaingestão de carne cruaLarvas namusculatura dohospedeirointermediárioBovinos (T. saginata) e suínos (T.solium) infectados pela ingestãode ovos ou proglótides grávidasAdultos nointestino delgadoProglótides grávidas eliminadaspelas fezes

Transmissão de parasitasOral- mãos sujas, água e alimentosSexualPenetração cutâneaDependente de vetores

Transmissão de parasitas

ParasitasEUCARIOTOS uni ou pluricelulares Endoparasitas: dependência metabólica total Parasitas intracelulares- protozoários Parasitasvermesextracelulares-protozoários Ectoparasitas: dependência metabólica parciale

Alguns exemplos de parasitasImportância em termos de incidência e/oumortalidade e/ou morbidadeLacunas em diagnóstico e/ou tratamento:Campo para o Biomédico?Biologia celular- parasitas como modelo(Th1xTh2, variação antigênica,trans-splicing, edição de RNA, .)

Parasitas Intracelulares Toxoplasma gondii (toxoplasmose) Plasmodium sp (malária) Trypanosoma cruzi (doença de Chagas) Leishmania sp (leishmanioses)

Desafios que o parasitaintracelular enfrenta- e supera:Entrada no hospedeiroInvasão da célulaSistema Imune do Hospedeiro

Entrada no hospedeiro Toxoplasma gondii Plasmodium sp Trypanosoma cruzi Leishmania sp

Mecanismos para invadir células Trypanosoma cruzi – recrutalisossomos e então escapa parao citoplasma. Leishmania sp. – invademacrófagos por fagocitose e seajusta às condições adversasdo fagolisossoma. Toxoplasma gondii – penetraativamente nas célulashospedeiras e residem em umvacúolo parasitóforo (semlisossomos).

Toxoplasma e toxoplasmose

Ciclo EvolutivoCistos ingeridospelo gatoCistos ingeridosem carneinfectadaGato:Hospedeiro DefinitivoOocistos nãoesporulados nasfezesCisto contendo bradizoítas emtecidos do hospedeirointermediárioOocistos nacomida, águaou soloingeridos osatravés daplacentaComida e águacontaminadasFeto dos

Invasão Taquizoíto deToxoplasma invadindouma célula.

Epidemiologia Distribuição mundial. 50-60% da população mundial infectada (OMS) Reservatórios naturais: mamíferos e aves. Tem caráter oportunista em pacientes imunocomprometidos Grávidas!

Problemas a serem enfrentados:Transmissão fetalDoença em imunodeficientesDiversidade dos isolados (virulência)Vacina!

Plasmodium e a maláriaQuase 100 espécies de Plasmodium: 22parasitam primatas e 50 aves e répteisTransmitidos por mosquitos do gêneroAnopheles

Distribuição global da malária (2006)Endemicidade da MaláriaMuito altaAltaModeradaBaixaFonte: WHOSem Malária

Epidemiologia 100 países possuem malária endêmica (metade na África SubSaara); 1.5 milhões mortes / ano (crianças) Sequelas de complicações clínicas severas

Ciclo de vida

Problemas a serem enfrentados:Recaídas (hipnozoítas no fígado)- algumas sppRecrudescência (destruição incompleta)ResistênciaVacinas?

Trypanosoma cruzi e a Doença de Chagas A Doença de Chagas (ou tripanossomíaseamericana) é causada pelo parasitaTrypanosoma cruzi Transmitida por insetos triatomíneos.

Epidemiologia 16-18 milhões pessoas cronicamente infectadas; 100 milhões de pessoas residem nas áreas de risco No Brasil há cerca de 5 milhões de pessoas infectadas;

Fase Crônicaduração 5 a 30 anos1. Formas indeterminadas;2. Cardiopatia chagásica crônica;3. Formas digestivas (megas).

Ciclo evolutivo

Problemas a serem enfrentados:Ciclo silvestre dificulta controleToxicidade dos fármacos disponíveisTratamento na fase crônica?Reativação da doença após imunossupressão(ex: transplante cardíaco)

2013Chagásicos: bons receptores para transplante cardíaco, mas risco dereativação!

Leishmania e a Leishmaniose 20 espécies de Leishmaniapatogênicas para o homem. Transmitidas por insetosflebotomíneos (moscas)

Grande endemia: 88 países350 milhões de pessoas ameaçadas de infecçãoAlta incidência no Brasil

CutâneaLeishmaniose1,5 milhão de casos novos por anoVisceral500.000 casos novos por ano

CICLO

Science, ago 2008Neutrófilos (verdes)migram dos vasos (azuis)para local do inóculo deL. major (vermelha)

Problemas a serem enfrentados:Difícil controle- vetor silvestre, reservatóriosCães- sacrifícioTratamento tóxico, nem sempre eficazResistência aos fármacos atuaisImunossupressão na leishmaniose visceral-AIDSVacinas?

Parasitas ExtracelularesOrganismos:Protozoários- Reino ProtistaHelmintos (Vermes)- Reino MetazoaHabitats extracelulares:IntestinoTrato genito-urinárioSangueLinfa

Desafios que o parasitaextracelular enfrenta- e supera:AlimentaçãoFixaçãoSistema Imune do Hospedeiro

Protozoário genito-urinário- Trichomonas Protozoário intestinal- Giardia Verme no sangue- Schistosoma Verme na linfa- Filária Verme intestinal- Ancylostoma, Necator

Trichomonas e tricomoníase Tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis Doença sexualmente transmitida de distribuição mundial Doença não-viral mais prevalente no mundo

Célula de trompa de vaca

Giardia e giardíase Giardíase é uma doença causada por pelo protozoárioGiardia lamblia ou G. duodenalis ou G. intestinalis. Habitat: duodeno e parte do jejuno;mergulhados nas criptasDistribuição mundial (cosmopolita) Transmissão direta pelas mãos (fecal-oral), água ealimentos

Problemas a serem enfrentados:Identificação de assintomáticosTratamento dos parceiros sexuais(tricomoníase) e dos familiares/creche(giardíase)

Helmintos Parasitas humanos0,8-1,3 bilhões infecções por Ascaris1,25 bilhões infecções por ancilostomídeos150-220 milhões de infectados porSchistosoma mansoni120 milhões – infecção por filária (filarioselinfática)OMS 1997/2007

Ascaris lumbricoides e ascaridíase

CicloFêmeasvivem 12-18meses 2 meses de ovoa adulto maduro200.000 ovos pordia (resistentes)

Problemas a serem enfrentados:Reinfecções contínuasSaneamento básico, educação sanitáriaTratamento ou vacinação?

Schistosoma mansoni e esquistossomoseÁfrica, América do Sul e Caribe

O ciclo de vida

Complicações-Ascite-Esplenomegalia-Varises no esôfago: rompimento/hemorragias óbito

Problemas a serem enfrentados:ReinfecçõesCasos graves: tratamento com fármaco nãoresolve- cirurgia ou óbitoTratamento pode induzir resistência?Vacinação?

Conceitos importantesSobre a doença/ parasitose:Prevalência: proporção de pessoas infectadasem uma dada população em um determinadomomentoIncidência: número de casos novos em umapopulação em um determinado períodoMede o risco ou probabilidade de se contrair ainfecção (ou doença)

Características do hospedeiro em relação aosagentes etiológicos: suscetibilidade: ausência de resistência efetiva contra umdeterminado patógeno; resistência: o sistema imune do hospedeiro consegueimpedir a invasão e/ou multiplicação do agente infeccioso, eprotege o organismo dos efeitos nocivos de seus produtostóxicos. O hospedeiro também pode não apresentar olvimento; imunidade: resistência associada à resposta imune, que têmo efeito de inibir microrganismos específicos ou suas toxinas.

Característicashospedeiro:doparasitaemrelaçãoao infectividade: capacidade de se alojar e multiplicar nohospedeiro e de ser transmitido deste para um novohospedeiro; patogenicidade: capacidade de causar doença em umhospedeiro suscetível; virulência: grau de patogenicidade de um agenteinfeccioso que se expressa pela gravidade da doença; oportunistas: causam doenças apenas em hospedeiroscomprometidos

imunogenicidade: capacidade do agente biológico deestimular a resposta imune no hospedeiro; resistência às condições do meio: capacidade desobreviver nas condições do meio ambiente, muitas vezesadversas.

Precisão dos dados sobre doenças parasitáriasCasos conhecidosHorizonteclínicoCasos assintomáticosCasos sintomáticos que nãoprocuram o serviço de saúdeCasos que procuram o serviçode saúde, mas não sãodiagnosticadosCasos diagnosticados, mas nãoregistrados e/ou informados

Dia Horário Sala Aula Assunto Professor 24/02 (Seg) 14:00-18:00 SP ou 123 T Estrutura do Curso e Introdução à Parasitologia Beatriz 25/02 (Ter) 14:00-18:00 SP ou 123 T Cestoides Beatriz 10/03 (Seg) 14:00-18:00 SP ou 123 T Nematoides Beatriz 11/03 (Ter) 14:00-18:00 SP ou 123 T Seminário 1: Strongyloides Marcelo 17/03 (Seg)